“Pedágio em São Paulo é reajustado pelo pior índice”, diz deputado

O índice usado para reajustar as tarifas de pedágio das rodovias paulistas é o que mais onera o usuário, segundo o deputado Hamilton Pereira (PT). O IGP-M supera em dobro a maioria dos índices usados no País, como o IPCA (5,04%), o IPC-Fipe (4,51%) e o INPC (5,9%), de acordo com o parlamentar. "Não dá para entender por que foi adotado esse indexador".

Ele considerou "injustificável" o aumento de 11,52% que vigora a partir de 1º de julho, pois os salários estão sendo reajustados em 5,9%. "Veja que esse reajuste ocorre nas categorias que são mais combativas, que faz campanhas salariais e pressiona os patrões", observou. "Sem nenhuma pressão das concessionárias, o governo reajusta os pedágios no dobro da inflação". Segundo ele, o reajuste vai incidir no custo do transporte e repercutirá no bolso do consumidor.

O deputado defendeu maior fiscalização dos serviços prestados pela concessionária. Ele citou a paralisação das obras das pistas marginais da rodovia Raposo Tavares, no trecho que corta Sorocaba, administrado pela Viaoeste. "O Estado, muito amigo das concessionárias, dá a elas esse presentão do reajuste e, contraditoriamente, são paralisadas obras reivindicadas há mais de dez anos". As obras, iniciadas em abril, pararam no início deste mês, sem prazo para reinício. "Retiraram, sem nenhum aviso, os homens e as máquinas", disse Pereira, lembrando que, pelo cronograma previsto inicialmente, as marginais deveriam estar prontas.

A concessionária informou que foram concluídos os trabalhos de drenagem e a continuidade depende da aprovação das demais obras pela Agência Reguladora dos Transportes (Artesp). A Artesp informou que o projeto está sob análise.

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