Paulo e Flávio Maluf deixaram às 21h18 de ontem a carceragem da Polícia Federal. Saíram em um carro da própria família, um Santana azul. O pai foi atrás e o filho Flávio na frente, com motorista particular.
Foram cercados por dezenas de cinegrafistas e fotógrafos. O batalhão de jornalistas fez autêntica perseguição ao carro dos Maluf nos 20 minutos seguintes entre o prédio da PF, na Lapa, e a mansão Maluf, na Rua Costa Rica, no Jardim América. O corre-corre chamou atenção das pessoas na rua, que até procuravam saber de quem se tratava e o que havia acontecido.
Paulo Maluf saiu da PF com um ar abatido. Dentro do carro, desceu um pouco o vidro da janela para que os jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos pudessem ver seu rosto triste, circunspecto, com a barba bem crescida e por fazer. Mas não ele deu nenhuma declaração à imprensa.
Esse ar de tristeza mudou completamente quando chegou em casa. No pátio da mansão, ao qual não foi permitida a entrada dos jornalistas, recebeu uma salva de palmas de parentes, empregados e amigos que o aguardavam. Os jornalistas subiram em cima do muro eletrificado e viram o primeiro momento em que Paulo abriu um sorriso depois de sair da carceragem. O ex-prefeito abraçou netos e sua mulher, Sylvia. Detalhe: a recepção foi em alto estilo, com empregados uniformizados com roupa de gala.
Às 22h05, chegou à mansão Maluf a mulher de Flávio, Jaqueline.