Palocci negocia com a polícia para evitar prisão

Acuado pela polícia, que o acusa de peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci deu o primeiro passo na direção do pacto que poderá livrá-lo do fantasma da prisão preventiva. Palocci dispôs-se a colaborar com a polícia, apresentando-se em data ajustada entre a defesa e o delegado seccional de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Benedito Valencise.

A colaboração de Palocci, no entanto, não quer dizer que ele pretende admitir envolvimento em irregularidades durante a administração como prefeito de Ribeirão, entre 2001 e 2002, período em que o Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) se transformou em foco de peculato, segundo a polícia.

?Uma coisa é certa, tudo isso está sendo definido com clareza?, afirmou Valencise. ?O que está sendo programado, efetivamente, vai acontecer, com a formalização dos atos de polícia judiciária, ou seja, interrogatório do investigado e seu indiciamento criminal.?

Depoimento

Palocci deverá ser ouvido logo após o feriado da Semana Santa. O local ainda não está definido. O ex-ministro prefere depor em Brasília porque acredita que em sua residência na capital a pressão será menor. Mas a audiência poderá ser realizada em Ribeirão, onde a polícia e também o Ministério Público o aguardam com uma coleção de inquéritos civis e criminais.

Por meio do advogado, José Roberto Batochio, o ex-ministro comunicou Valencise que ?está à disposição? para depor, formalmente, no inquérito que investiga suposta fraude no sistema de limpeza urbana durante sua gestão (2001/2002) e a de seu sucessor, Gilberto Maggioni (2003/2004).

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