O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, rebateu as declarações feitas pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, de que o País não precisa da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "É o discurso que a oposição tem feito, mas ela conhece a CPMF e a sua necessidade, ainda mais o senador da competência de Sérgio Guerra", disse Múcio numa referência ao fato de PSDB ter sido o criador da contribuição, no governo passado.
Múcio garantiu que não encontrou Guerra nos corredores do Ministério da Fazenda e chegou a ironizar dizendo que gostaria de encontrá-lo mais vezes. "Ele (Guerra) está cuidando dos votos dele e eu dos nossos. Qualquer resultado para um dos lados será por dois ou três votos", disse o ministro, já prevendo uma votação apertada. Ele disse que o Senado precisa ajudar o País, como fez a Câmara dos Deputados.
"O Senado representa os estados. E num momento em que os governadores vêm a Brasília dizer que precisam da CPMF é sobre essa responsabilidade que estamos trabalhando", afirmou.
O ministro não quis dizer em quanto está a contabilidade dos votos do governo, mas admitiu que a votação da CPMF foi adiada para a próxima semana, porque os senadores da base avaliaram que não teriam os votos necessários. "Em vez de ficarmos blefando, vamos gastar essa energia com trabalho. Daqui até o dia da votação são poucos dias, mas serão longos", concluiu.