Morre paciente removido durante incêndio do HC de São Paulo

O Hospital das Clínicas (HC) confirmou a morte de um dos 200 pacientes removidos durante o incêndio no prédio dos ambulatórios. No dia 24, o vendedor Raimundo Nonato de Azevedo, de 56 anos, estava no 9° andar do Instituto Central e, por causa da fumaça, teve de ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do 5° andar. Internado desde 4 de dezembro, havia passado por duas cirurgias para a retirada de um tumor no esôfago. Mas sua condição clínica piorou e ele respirava com ajuda de aparelhos.

O cirurgião Samir Rasslan, professor titular do HC, afirma que a morte não teve relação com o tumulto. ?Ele morreria de qualquer forma. Teve falência múltipla dos órgãos horas depois do incêndio. Não teve nada a ver com o problema no prédio.?

Ainda assim, Rasslan confirma que o paciente ficou sem ventilação mecânica por alguns momentos, depois que a energia foi cortada. ?A equipe de enfermeiros desceu de escada ao 5° andar com cuidado, para manter a ventilação manualmente. Não sei se ele ficou sem respiração artificial por muito tempo. Mas outros devem ter ficado o mesmo tempo e não morreram.?

Voltar ao topo