Ministros discutem com especialistas melhor articulação para ensino médio

Brasília – Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, reuniram-se nesta quarta-feira (9) com especialistas em educação da iniciativa privada, para discutir experiências que levem a uma melhor articulação entre União, estados e municípios, com vistas a um ensino médio técnico e profissionalizante de qualidade.

Ao abrir o encontro, Haddad destacou a necessidade de "regulação do ensino privado e expansão do ensino público de qualidade" como forma de corrigir distorções. Uma saída para isso, segundo ele, está no ensino técnico profissionalizante, que hoje é dado em 140 escolas do país e será ampliado para 354 escolas até 2010. Para tanto, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou a realização de concursos para a contratação de 7.543 novos professores universitários.

Haddad lembrou que, paralelamente, "o país vive um momento de mudança significativa na educação superior" com vistas ao aumento da formação de professores para o ensino médio. Por esse motivo, o MEC pretende dobrar o número de vagas para ingresso nas universidades federais, que aderiram, por unanimidade, ao plano de reestruturação criado em abril do ano passado.

"A educação superior se compromete com duas agendas importantes, propostas pelo MEC e aceitas pelas universidades federais", ressaltou o ministro. Uma delas é cuidar da educação básica para integrar o sistema de formação de professores, em parceria com a universidade aberta. A outra diz respeito à transformação de parte do ensino em tecnologia aplicada à produção, de modo a aumentar a produtividade do trabalhador.

Já o ministro Mangabeira Unger apontou os três instrumentos necessários para estruturar bem o ensino num país grande como o Brasil: um sistema nacional de avaliação, distribuição de recursos e quadros (profissionais) dos lugares mais ricos para os mais pobres e um sistema de socorro às escolas que não atingirem os padrões mínimos de qualidade exigidos.

Mangabeira Unger ressaltou, porém, que "não se trata de consertar as responsabilidades dos estados e dos municípios" na questão educacional. Trata-se, segundo ele, de "flexibilizar o sistema federativo" para permitir melhor associação dos três níveis de governo no ensino de qualidade. Junto a isso, ele também defende mudanças no paradigma pedagógico, de modo a integrar mais o ensino analítico ao de capacitação.

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