Rio de Janeiro – O ministro das Cidades, Márcio Fortes, defendeu nesta sexta-feira (19) a intensificação das ações de orientação e fiscalização no trânsito e a maior utilização de instrumentos inibidores para reduzir o número de acidentes nas ruas e estradas do país, onde ocorrem cerca de 35 mil mortes a cada ano.
?As pessoas continuam a correr, a beber, a não usar cinto de segurança, a não respeitar as leis de trânsito", afirmou o ministro. Segundo ele, é preciso acompanhar o que acontece nas ruas, não só com a intenção de punir, de multar, tirar pontos da carteira de motorista, mas de orientar sempre. "[É preciso] usar mais instrumentos inibidores: lombadas eletrônicas, pardais visíveis, sinalização, aumentar o policiamento, principalmente nas noites de sexta-feira e sábado, quando a garotada está nas ruas?, destacou Fortes.
O ministro participou no Rio de um culto ecumênico no Cristo Redentor em favor da paz no trânsito. A iniciativa faz parte da campanha Imprudência Não!, do Detran-RJ, com apoio do Departamento de Trânsito (Detran), vinculado ao Ministério das Cidades, que busca envolver a sociedade para promover a mudança de atitude de motoristas e pedestres.
Atualmente, sete pessoas morrem por dia nas vias urbanas e estradas fluminenses. Só no ano passado, 25 mil acidentes com vítimas ocorreram no estado, causando a morte de 2.500 pessoas.
Durante o culto, o ministro deu seu depoimento lembrando a morte do filho, Marcel Fortes, de 22 anos, em 2004, em um acidente de trânsito na zona sul do Rio, e ressaltou que a segurança no trânsito é responsabilidade de todos.
De acordo com o ministro, campanhas para conscientizar a sociedade vêm sendo feitas em situações pontuais, em datas próximas a grandes feriados, como o do carnaval e o de fim de ano, mas é preciso buscar mais recursos financeiros para dar a elas um caráter permanente.
Presente à solenidade, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, informou que vai enviar até a próxima segunda-feira (22) projeto de lei à Assembléia Legislativa do estado proibindo a venda de bebida alcoólica nas estradas do estado.
A medida foi inspirada na proposta que está sendo elaborada em Brasília para proibir a venda de bebida alcoólica nas rodovias federais. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em mais de 50% dos acidentes ocorridos no país estão envolvidas pessoas que consumiram bebidas alcoólicas.