Ministro da Justiça afirma que não falta mais nada para extradição de Cacciola

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quinta-feira (22) que são autênticos e estão completos os documentos enviados pelo governo brasileiro ao Principado de Mônaco para subsidiar o pedido de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. "Não falta mais nada, tanto é que o Ministério Público de Mônaco já deu parecer favorável à extradição", disse.

Para o ministro, o segundo adiamento da decisão da Justiça de Mônaco, concedido nesta quinta-feira, é uma manobra dos advogados de Cacciola – legal, mas inútil. "Vejo como uma manobra dilatória legal. Os defensores (do ex-banqueiro) estão tentando retardar a decisão. Isso para nós é natural, mas o que prevalecerá é a soberania da Justiça de Mônaco", enfatizou Genro, certo de que a extradição será concedida brevemente.

A documentação exigida em processos de extradição foi entregue à Justiça monegasca no início de setembro, pouco depois da prisão do ex-banqueiro, condenado pela Justiça brasileira a 13 anos de prisão por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta do Banco Marka, do qual foi dono.

O material inclui os autos da condenação de Cacciola, com tradição juramentada para o francês. Primeiro foram enviadas cópias e a seguir os originais. O ex-banqueiro é acusado de ter obtido vantagem indevida do Banco Central na desvalorização do real, em 1999, numa operação que teria causado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão ao País.

Ele chegou a ser preso, em junho de 2000, mas fugiu do Brasil após ter sido beneficiado por um alvará de soltura concedido em liminar pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde 2005, o País tenta trazer o ex-banqueiro para cumprir sua pena.

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