Ministra volta a fazer defesa de cotas após polêmica

No mesmo dia em que a Universidade de Brasília (UnB) reconheceu o erro e aprovou a inclusão do estudante Alex Teixeira da Cunha no sistema de cotas para negros, a ministra da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, fez uma defesa fervorosa das cotas raciais nas instituições de ensino superior no País. Na visão de Matilde, a criação de vagas para negros e índios é fundamental para democratizar o acesso às universidades e reduzir a discriminação racial.

?Nós bem sabemos que a educação é uma fonte para a melhoria da qualidade de vida. Não é a única, mas é uma fonte, uma ponte muito importante. Então termos mais jovens, homens e mulheres, indígenas, negros, pobres nas universidades é sinal de que a política pública brasileira está se dinamizando e se democratizando cada vez mais?, afirmou a ministra.

A defesa de Matilde tem como objetivo pôr panos quentes na polêmica sobre o sistema de cotas, que ressurgiu na semana passada diante do episódio na UnB. Por fragilidades no processo de seleção para essas vagas especiais, a instituição acabou aprovando apenas um de dois irmãos gêmeos. Alan Teixeira da Cunha, aprovado, foi considerado negro pela banca que avalia candidato por candidato, analisando fotos. Ele obteve uma vaga para o curso de educação física. Seu irmão, Alex, que tentava estudar nutrição, foi classificado como branco e, portanto, excluído do processo. Depois que o caso veio a público, a UnB voltou atrás e deu uma vaga a Alex na quarta-feira.

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