Ministério Público pede prisão de acusados de fraude nos Correios

O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF) entrou nesta quarta-feira (15) com pedido de prisão preventiva na Justiça Federal para os empresários Artur Wascheck Neto e Marco Antônio Bulhões, acusados de envolvimento no grupo que estaria fraudando licitações da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O esquema foi descoberto pela Operação Selo, da Polícia Federal. As investigações indicam que nos últimos cinco anos cerca de R$ 180 milhões teriam sido desviados em fraudes e combinação de preços nos contratos para fornecimento de bens e serviços à estatal.

Bulhões e Wascheck, considerado líder da quadrilha, cumprem prisão temporária na carceragem da PF em Brasília. O MPF quer que os acusados permaneçam detidos durante todo o andamento do processo. De acordo com órgão, a decretação da prisão preventiva é essencial para evitar a continuidade dos crimes ou a ameaça a testemunhas. O órgão informa também que ainda estão sendo feitas diligências e que a possível liberdade dos acusados poderia gerar destruição de provas. O pedido será analisado pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

Segundo o MPF, as investigações realizadas até hoje apresentam "fortes indícios" de que existe uma quadrilha destinada a fraudar licitações e contratos na ECT. "O esquema envolve empresários, lobistas e servidores dos Correios", informa o órgão, em nota. Wascheck e Bulhões teriam cometido os crimes de formação de quadrilha, corrupção e peculato.

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