MEC quer aprimorar programa de alfabetização

Brasília – Avaliação feita pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), parceiro do Ministério da Educação em cursos de alfabetização, concluiu que um terço dos cem mil jovens e adultos que participaram de um curso promovido pela instituição continuou analfabeto: 13% dos alunos não conseguiram escrever a carta exigida na avaliação final e 18% abandonaram as aulas.

O Brasil tem 14 milhões de iletrados com 15 anos ou mais, apesar dos programas de alfabetização do governo ou em parceria com instituições. O Sesi recebeu R$ 27 milhões para atender 300 mil alunos.

O MEC não sabe quantos jovens e adultos o Brasil Alfabetizado ensinou a ler e escrever, apesar de investir R$ 350 milhões no programa, com 3,7 milhões de matriculados desde 2003. Uma avaliação nacional deve começar em março.

A Alfabetização Solidária (Alfasol) recebeu R$ 33 milhões para alfabetizar 365 mil alunos nos últimos dois anos. Os resultados das turmas não foram ainda processados. A avaliação de cursos anteriores indica que só 28% dos alunos tornaram-se capazes de ler e escrever textos.

O MEC prepara um pacote de medidas para tornar o programa Brasil Alfabetizado mais eficaz. A partir de março, os alunos serão avaliados no início e no fim do curso por amostragem. Haverá metas por estado.

A reformulação do Brasil Alfabetizado vem sendo feita pelo secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Ricardo Henriques. O programa foi lançado em 2003 como prioridade, mas não criou um sistema de avaliação.

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