Marcha da Liberdade reúne mil pessoas na Av. Paulista

A Marcha da Liberdade começou esta tarde na Avenida Paulista, em São Paulo, com passeata de cerca de mil manifestantes, segundo a Polícia Militar. O grupo iniciou a caminhada por volta das 16h10, após a concentração no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Nesse horário, o ato interditava três faixas da direita da via, no sentido Consolação, segundo informou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Estão previstas para hoje marchas simultâneas pela liberdade em todo o País.

A Polícia Militar está no local e disse que a manifestação é pacífica. O grupo usa instrumentos de percussão para fazer barulho e muitos vestem camisetas defendendo a descriminalização da maconha e a liberdade de expressão.

A marcha nasceu depois da repressão policial à Marcha da Maconha, realizada no dia 28 de maio. Além da descriminalização da maconha, o ato de hoje é a favor da liberdade de expressão e contra a violência policial.

 

Em São Paulo, a Marcha da Liberdade é organizada pela Marcha da Maconha SP, o Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR), o circuito Fora do Eixo, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), Organização Popular Aymberê (OPA), Coletivo Intervozes, centros acadêmicos, Tribunal Popular, Comitê contra o Genocídio da População Negra, e entidades de grupos homossexuais.

Confrontos

A determinação da Polícia Militar é evitar confrontos. O major Marcelo Pignatari, responsável pelo policiamento no local, afirmou à reportagem que o policiamento está no local “para garantir a segurança dos manifestantes”. A Polícia Militar levou à avenida um efetivo de 130 homens a pé, 30 da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) e 40 policiais que já fazem rotineiramente o patrulhamento da região.

Cinco câmeras serão usadas pela polícia com o objetivo de flagrar eventuais delitos e também para registrar as ações da polícia. A intenção, segundo o major, será abordar quem estiver usando drogas da forma que for possível, mas com segurança. “O que foi assegurado é o direito à manifestação”, disse o major. Gritos de manifestação, cartazes e faixas não serão coibidos.

A jornalista Gabriela Moncau, 22 anos, uma das organizadoras da Marcha da Liberdade e da Marcha da Maconha afirmou que “uma outra pauta da marcha é a regulamentação que impeça o uso de armas pela Polícia Militar durante manifestações públicas. Temos, inclusive, uma audiência pública agendada para 30 de junho na Assembleia Legislativa”.

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