Lula e Sarkozy admitem que integração não sai do papel

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França Nicolas Sarkozy, reconheceram nesta terça-feira (12) durante encontro em São Jorge do Oiapoque, pequena cidade da Guiana Francesa na fronteira com o Amapá, que os discursos de integração da região feitos pelos dois países não saem do papel. Tanto Sarkozy quanto Lula lembraram que o acordo para construir uma ponte sobre o rio Oiapoque ligando os dois países, que foi reafirmado hoje, já tinha sido acertado em 1996.

Sarkozy disse ser contra o pagamento de vistos de entrada de brasileiros e a favor de maior facilidade de entrada de produtos e pessoas do Brasil que estejam dispostas a fazer negócio, mas avisou que a França continuará "firme" no combate ao garimpo, à imigração ilegal e ao contrabando clandestino. Sarkozy reconheceu, porém, que o desenvolvimento da Guiana Francesa passa pelo Brasil. "Cada um tem os seus problemas como pesca, garimpo e imigração ilegal, mas as coisas devem ficar claras. Seremos firmes e determinados contra qualquer tipo de tráfico", afirmou. "Mas a política da França é de se abrir aos brasileiros", disse. O presidente francês, respondendo a uma pergunta de um jornalista da Guiana, disse ser a favor do livre comércio.

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