Lula condena vandalismo praticado por sem terra

Brasília (AE) – Com um olho no desgaste político provocado pela participação do dirigente petista Bruno Maranhão no quebra-quebra e em atos de violência na Câmara dos Deputados, anteontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou ontem, o vandalismo praticado pelos integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST). Assessores do Palácio do Planalto informaram que Lula estuda a possibilidade de convocar cadeia nacional de rádio e televisão para condenar a violência contra a Câmara.

Lula aproveitou cerimônia da qual participaram mais de uma centena de representantes do meio artístico para dizer que os sem terra pagarão pelo que fizeram. "O que vimos não foi um movimento de democracia, mas uma cena de vandalismo. As pessoas perderam o limite de responsabilidade no trato da coisa pública, os limites impostos pela democracia", disse Lula. Foi aplaudido. "Muitos de vocês que acompanham a minha vida sabem que eu nasci do movimento social. Eu fiz as greves que tinham que ser feitas neste País", disse o presidente. Em seguida, afirmou que fez passeatas para conquistar a democracia.

A polícia de Brasília apreendeu na terça-feira, uma fita de vídeo em que líderes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) planejam a invasão da Câmara dos Deputados. A fita, com uma hora e 20 minutos de duração, foi apreendida com os próprios manifestantes após a depredação da Casa. Eles registraram, entre outras cenas, a reunião em que foi planejada a ação.

Um dos líderes, identificado como Antônio José Arruti Baqueiro, orienta cerca de 60 pessoas reunidas no auditório da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), em Brasília. "Nós somos uma turma organizada, que sabe o que quer, tem coragem e vai lá dar o recado", diz Baqueiro na gravação.

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