| Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil |
 |
| Lula ganha reforço inesperado. |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou ontem a crise na campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, provocada pelo apoio que seu adversário recebeu do casal Garotinho: a governadora do Rio, Rosinha Matheus, e seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho. Lula comentou o assunto na reunião com oito governadores eleitos do PT, PSB e PMDB, no Palácio da Alvorada. O encontro começou às 10h e só terminou às 17h10.
Na parte fechada da reunião, Lula disse que ninguém do PSDB e do PFL tem moral para acusá-lo de falta de ética. O apoio de Garotinho a Alckmin rachou o PMDB do Rio porque o ex-governador fluminense responde por uma série de denúncias de corrupção. Coube ao ex-ministro Ciro Gomes expressar publicamente a satisfação com a sangria no time adversário. Ao sair da reunião no Alvorada, Ciro disse que há uma ?esteira de podridão? atrás da candidatura de Alckmin. Questionado sobre o apoio de Garotinho a Alckmin, o ex-ministro e deputado federal eleito não se fez de rogado.
?Eu adorei?, respondeu Ciro. ?Acho que o povo do Rio de Janeiro, com isso, terá clareza do que Lula representa de fato, com todos os problemas e com todas as frustrações, a dignidade, o progresso e a justiça social do Brasil?, disse. O racha na campanha de Alckmin também foi assunto da reunião entre17 ministros, ontem, na casa de Hélio Costa (Comunicações), no Lago Sul. Animados, os ministros debateram estratégias para defender o governo Lula no segundo turno da campanha.
Lula recebeu os governadores aliados eleitos ou reeleitos no primeiro turno para distribuir tarefas e disse que a campanha será ampliada para permitir que pessoas de outros partidos possam participar. ?Queremos discutir profundamente ética e corrupção. Eu acho que o povo brasileiro merecia discussão melhor, mas se quiserem enveredar por aí, vamos discutir isso, e colocar na mesa as coisas que precisam ser colocadas?, disse ele.