Lula afirma que política industrial será lançada nos próximos dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (29) que a nova política industrial está pronta e será lançada nos próximos dias. "Vamos agora começar uma revolução no setor petroquímico", afirmou ao mencionar rapidamente diversos setores. Lula citou o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e empresas como Petrobras, Braskem e Suzano – que considerou "uma revolução em São Paulo".

O setor siderúrgico também foi destacado pelo presidente no discurso na inauguração da ampliação da capacidade produtiva da Arcelor Mittal Tubarão, no Espírito Santo. "Poderíamos estar produzindo pelo menos 100 milhões de toneladas", afirmou Lula, pouco depois de o presidente da Arcelor Mittal no mundo, Lakshmi Mittal, afirmar que o Brasil produz 33 milhões de toneladas de aço. Lula argumentou que o Brasil é grande produtor da matéria-prima do aço, o minério de ferro. "Esse é o desafio que está posto para nós", disse.

O presidente também afirmou que o setor de construção civil dá sinais de robustez e que a indústria automobilística "está vendendo como nunca vendeu" no País. De acordo com ele, para se comprar um caminhão está havendo fila de espera de até quatro meses. Ao mesmo tempo, a indústria naval está renascendo, disse Lula. E todos esses setores são consumidores de aço, destacou.

Em seu discurso, Lula enfatizou ainda que a descoberta de grandes reservas de petróleo na chamada camada pré-sal, abaixo da profundidade explorada comercialmente hoje, não fará o Brasil desistir de apoiar os bicombustíveis. "Vamos mostrar para o mundo que é possível desaquecer o planeta plantando o biocombustível.

O presidente afirmou também que até 2010 serão feitas 214 escolas técnicas, 14 novas universidades, além de outras iniciativas educacionais. "Se a gente não se preparar formando engenheiros, a gente não garante a nossa chegada ao pódio de país desenvolvido." Lula disse ainda que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU deve ser melhor ano após ano. "Se Deus quiser, eu acho que vai acontecer, vamos entrar num IDH quase próximo ao dos países desenvolvidos", estimou.

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