Líder do PMDB no Senado defende redução gradual da alíquota da CPMF

Brasília – O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), defendeu nesta sexta-feira (19) a redução gradual da alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que hoje é de 0,38%. Segundo ele, esse modelo já existe para o Imposto de Renda e deveria ser adotado também para a CPMF.

"Eu mesmo tenho essa proposta, o Tasso [Jereisatti (PSDB-CE)] tem outra e devem ter outras tramitando aqui e na Câmara, que é um redutor gradativo da CPMF que daqui a uns oito anos pode chegar a 0,08%", afirmou.

Em relação a um acordo entre governo e oposição para a aprovação da Proposta de Emenda a Constituição que prorroga a CPMF e a DRU, Raupp disse que o governo tem uma maioria apertada, mas um acordo com a oposição é uma necessidade.

"Se toda a base votasse, não precisaria de acordo com o Democratas e o PSDB, mas nós sabemos que sempre foi assim e não vai ser diferente na CPMF, porque toda a base não vota", explicou. Será muito bom que o governo possa flexibilizar um pouco para que haja um entendimento entre os partidos da oposição", explicou.

Questionado se o governo teme que a CPMF não seja votada até 31 de dezembro, Raupp afirmou que um acordo com a oposição é uma necessidade, até porque a relatora, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), disse que vai usar os 30 dias a que tem direito para apresentar o texto.

A relatora tem que apresentar seu parecer até o dia 10 de novembro para que este seja lido e votado na CCJ. Depois disso, a prorrogação da CPMF terá de ser votada em dois turnos no plenário do Senado. Se o senado aprovar alguma emenda ao texto, ele voltará para a Câmara para que esta casa aprove as emendas do Senado.

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