Brasília
– O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, disse ontem, na abertura da 57.ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York que o Brasil é contra uma ação isolada dos Estados Unidos contra o Iraque. Ele também falou sobre a política externa brasileira durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. “Como país, nunca fomos tentados pelo argumento do poder.Mas sempre, pelo poder do argumento”, disse o ministro. Por isso, disse Lafer, o Brasil considera fundamental democratizar as instâncias decisórias; superar o déficit de governança existente no mundo; estabelecer uma nova arquitetura financeira e dar resposta eficaz à volatilidade dos fluxos de capital; defender um sistema multilateral de comércio que seja justo e equilibrado; corrigir as distorções que surgem de uma economia que se globaliza, ao lado de processos políticos e institucionais que não se globalizam.
Lafer acrescentou que esses desafios não podem ser enfrentados sozinhos, mas num contexto de multilateralismo e de consenso entre nações. O ministro afirmou ainda que o Brasil está empenhado na entrada em vigor do Protocolo de Quioto e no funcionamento do Tribunal Penal Internacional