Justiça prorroga prisão de 68 suspeitos da Xeque-Mate

O juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul, Dalton Igor Kita Conrado, acolheu o pedido da Polícia Federal e prorrogou a prisão temporária de 68 das 80 pessoas presas durante a Operação Xeque-Mate. Entre elas, está o ex-deputado Nilton Cezar Servo, apontado como o chefe da máfia dos caça-níqueis, e Dario Morelli Filho, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o coordenador da operação, delegado Alexandre Custódio, nas análises de todos os depoimentos, faltaram dados para conclusão dos respectivos inquéritos policiais.

Os únicos mandados de prisão temporária que não venciam à meia-noite de ontem eram os de Servo e de seu filho Victor Emmanuel Servo, ambos presos na terça-feira passada, e o do médico Hércules Mandetta Neto. Entre os acusados, estão nove advogados, sete policiais civis e sete da Polícia Militar. No entanto, a maioria dos 68 que deverão permanecer presos à disposição da PF por mais cinco dias é de pessoas diretamente ligadas a chamada máfia dos caça-níqueis. A principal figura desse grupo é Servo.

Tido pela PF como o chefão de cinco grupos de ?empresários? que compravam, alugavam, emprestavam e exploravam máquinas caça-níqueis, Servo envolveu em seus negócios até a mulher e os dois filhos, que estão detidos no Presídio Federal de Campo Grande. Um dos envolvidos nos ?negócios? do ex-deputado, Morelli passou a ser peça importante nas investigações da Polícia Federal. Outro acusado que a PF considera com grande potencial de informação é Andrei Cunha Galileu, ex-empregado e sobrinho de Servo, que ganhou o benefício da delação premiada, mas ainda não será liberado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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