Justiça Federal condena Abadía a 30 anos de prisão

O traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía foi condenado nesta segunda-feira (31) a 30 anos de prisão pela Justiça Federal em São Paulo. Ele foi considerado culpado pelos crimes de formação de quadrilha, uso de documento falso, falsificação de documento público, corrupção ativa e lavagem de dinheiro decorrente de tráfico internacional de drogas.

Em sentença proferida pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, Abadía foi citado como ?criminoso profissional?, que ?faz do delito o seu modo de vida?. De acordo com o juiz, o traficante atuava no Brasil desde 2004 e todos os bens acumulados por ele – mansões, carros de luxo e fazendas, por exemplo – são fruto de suas atividades ilícitas.

Sanctis afirmou ainda, em sua decisão, que o traficante matinha três grupos de colaboradores no Brasil, que o auxiliavam na prática de crimes: um no Rio Grande do Sul; outro no Paraná e em Campinas (SP); e o último na cidade de São Paulo. Oito desses colaboradores, entre eles, Yessica Paola Rojas Morales, esposa de Abadía, também foram condenados na segunda (31).

O juiz também demonstrou ser contrário à transferência de Abadía para os Estados Unidos, onde ele também é acusado dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo Sanctis, o traficante deveria ser transferido só depois de ter cumprido a pena a ele imposta pela Justiça brasileira, visto que, "a materialização da impunidade nos crimes praticados em território nacional faz do país verdadeiro paraíso penal?.

Juan Carlos Ramírez Abadía está preso desde agosto do ano passado no Brasil. Em março deste ano, ele teve sua extradição para os Estados Unidos aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com a condição de que o governo norte-americano se comprometa a não condenar o traficante à morte, prisão perpétua ou a mais de 30 anos de prisão – penas inexistentes no Código Penal brasileiro. A transferência do criminoso depende, agora, de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Voltar ao topo