Itamaraty: brasileiros mortos no Peru não foram atacados

O embaixador do Brasil em Lima, Carlos Alfredo Lazary Teixeira, confirmou a morte do engenheiro Mário Augusto Soares Bittencourt, de 61 anos, e do geólogo Mário Gramani Guedes, de 57 anos. Eles foram para o Peru trabalhar na construção de uma hidrelétrica e sumiram quando faziam estudos de sondagem, ao se separarem de um grupo de sete colegas. Seus corpos foram achados nas proximidades das margens do Rio Maranhon, a 300 quilômetros da cidade de Bagua Grande. A região está situada entre a serra e a selva peruana.

O Ministério das Relações Exteriores negou que os dois poderiam ter sido atacados por moradores da região contrários à construção da usina hidrelétrica. O embaixador Lazary disse que o médico legista que fez a primeira autópsia dos dois corpos informou que eles estavam intactos e sem qualquer sinal de violência. A polícia peruana que investiga o caso disse também que objetos pessoais de valor de ambos, como máquinas fotográficas, celulares e carteiras estavam com os dois brasileiros.

A causa da morte dos dois ainda não foi divulgada. O local onde eles foram encontrados ficava a 2.800 metros de altitude e lá há uma forte dificuldade de respiração, além da temperatura na área ser muito baixa. A mata no local não era fechada.

A presidente Dilma Rousseff já havia sido informada sobre o ocorrido. O embaixador afirmou que um diplomata brasileiro foi enviado para o local para a identificação dos corpos e translado. Os corpos de Bittencourt e Guedes devem ser repatriados hoje para o Brasil. Por meio de nota, a Leme Engenharia, empresa onde os dois trabalhavam, lamentou as mortes e informou que vai providenciar o suporte psicológico e assistencial aos familiares.

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