Integrantes do MST bloqueiam estradas no Rio Grande do Sul

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) fazem atos desde às 7h30 desta segunda em quatro pontos do estado do Rio Grande do Sul. A principal reivindicação é que o governo do estado regularize imediatamente a distribuição de cesta básicas. Segundo os manifestantes, neste mês a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não entregou as cestas.

Silvia Reis Marques, coordenadora do MST no Rio Grande do Sul disse que as famílias vêm enfrentando dificuldades devido à falta de alimentos. ?Desde o mês de maio temos problemas no repasse dessas cestas. Em maio e junho vieram incompletas e em em julho ainda não foi repassado nada e as famílias já enfrentam dificuldades para se alimentar?.

Os manifestantes também pretendem que o governo estadual forneça mais rolos de lonas para as famílias acampadas e prossigam no processo de assentamento dessas famílias. Existem no estado 2.500 famílias acampadas à espera de processos de desapropriação de terras e futuros assentamentos.

?Já que o governo diz que não há dinheiro para atender nossas reivindicações, queremos que pelo menos 30% dessas famílias sejam assentadas e que seja julgado imediatamente o processo de desapropriação das fazendas Guerra e Soltal. Somente com isso daria para serem assentadas mil famílias no estado?, disse Silvia Reis.

Os atos se realizam simultaneamente nos municípios de Tupanciretã, Bossoroca, Porto Alegre e Região de Fronteira. Nos dois primeiros, os manifestantes estão bloqueando as rodovias estaduais RS-392 e RS-168. A coordenadora afirmou que as famílias só deixaram os lugares quando tiverem suas reivindicações atendidas, mas salientou que o governo estadual ainda não acenou nesse sentido.

?Há uma equipe nossa em Porto Alegre que pretende fazer a ponte entre o nós e o governo, mas não houve nenhum avanço nesse sentido. Nossas dificuldades não vão evitar que nós continuemos nossa luta pela terra?.

O coordenador estadual do MST, Nilton Cesár de Lima, afirmou que as famílias só possuem quatro ?bolas? (rolos) de lonas e que até o final do ano esse número é insuficiente. ?Nós queremos a liberação imediata de 30 ‘bolas’ de lona para nossas famílias.

Problemas no estado do Rio Grande do Sul vêm ocorrendo há algum tempo. No mês passado, famílias acampadas no município de Santa Rita, região metropolitana de Porto Alegre ocuparam a sede da Conab no estado para exigir o repasse das cestas.

Voltar ao topo