Inquérito sobre morte de empresário começa atrasado

A Polícia Civil começou a investigar ontem o assassinato do empresário Dácio Múcio de Souza Júnior, de 29 anos, morto à facada às 5h de domingo na porta da padaria Dona Deôla, em Higienópolis, no centro.

Nas primeiras 24 horas após o crime, a equipe do 77º DP (Santa Cecília) só havia registrado o boletim de ocorrência. Nenhum investigador saiu da delegacia para procurar o suspeito Eduardo Soares Pompeu, de 47 anos.

Segundo o delegado titular do 77º DP, Luciano Augusto Pires Filho, as investigações começaram ontem. “Iniciamos a checagem dos supostos endereços dele na manhã desta segunda-feira. Não encontramos nada. Vocês da imprensa ficam procurando respostas que ainda não temos”, afirmou. Pires disse que Pompeu é paulista e mora na zona oeste. Indagado se o bairro é Perus, não confirmou nem desmentiu.

O delegado afirmou que até ontem não tinha ouvido em inquérito nenhuma testemunha do crime: o garçom S.P.S., de 24 anos, a operadora V.R.A, de 20, e a supervisora A.M.S, de 34, empregados da Dona Deôla, e a estudante Nathália Curti de Souza, de 20 anos, irmã da vítima.

“O advogado da padaria ficou de apresentar os funcionários nos próximos dias. Estamos aguardando.” Pires disse ainda que não tinha recebido da padaria ou de prédios da vizinhança fitas do circuito de TV com imagens que possam ajudar na investigação.

Souza Júnior foi assassinado com facada no abdome após discutir com Pompeu na padaria. Na madrugada do dia 22, Nathália e seis amigas estiveram na Dona Deôla e teriam sido ofendidas pelo suspeito, incomodado com o volume da conversa do grupo.

“Estávamos em sete. E mulheres juntas falam alto e dão risadas. O segurança não gostou e nos ofendeu”, disse Nathália no velório do irmão, no domingo. Ela estava com Souza Júnior no dia do crime e viu a vítima caída no chão.

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