Caos aéreo

Infraero registra atrasos em 1 a cada 4 voos do País

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrou atrasos de mais de meia hora em quase 24% dos voos programados para o período até as 12 horas de hoje, primeiro dia de volta às aulas. Além dos atrasos, 242 de um total de 1.012 operações nacionais programadas, 42 voos (4,2%) foram cancelados ao longo da manhã em todo o País.

De acordo com a Infraero, da 0h às 12 horas, o índice de atraso de voos domésticos nos aeroportos da rede Infraero foi de 23,9%. Em Brasília (DF), o índice foi de 21,4% de atrasos; no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, foi de 26,6% e em Guarulhos (Cumbica), na Grande São Paulo, 24,7%. No Rio de Janeiro, o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) registrou 42,1% de atrasos no período.

Entre os 362 voos da Gol previstos para a manhã de hoje, a empresa aérea teve 28 (7,7%) cancelamentos e 185 (51,1%) atrasos. De acordo com a empresa, os atrasos de hoje são ainda um reflexo do intenso tráfego aéreo na sua malha verificado na sexta-feira, quando a Gol precisou transferir algumas de suas partidas programadas do Aeroporto de Congonhas, que fecha às 23h, para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Atraso em cadeia

Alguns membros das tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitados de seguir viagem, causando um atraso em cadeia. Além disso, segundo a companhia, o fim de semana foi atípico por causa do retorno de férias escolares e ocorreu num momento em que a empresa finalizava a implementação de um novo sistema de processamento das escalas dos pilotos e comissários.

De acordo com a Gol, foram acionados tripulantes extras e destacadas equipes de monitoramento nos aeroportos, especialmente designadas para tomar medidas emergenciais de atendimento. Nota da Gol afirma que a empresa vem prestando atendimento e toda a assistência necessária aos usuários, conforme determina a legislação estipulada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pretende regularizar o mais rápido possível as suas operações.