Greve afeta oito hospitais federais do Rio

Oito hospitais federais do Rio estão com atividades parcialmente paralisadas devido a uma greve dos servidores. O movimento tem a adesão do Hospital Geral dos Servidores, Hospital Cardoso Fontes, Hospital de Bonsucesso, Hospital de Ipanema e Hospital da Lagoa, além do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e do Instituto Nacional de Cardiologia (INC).

A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que tem sindicato próprio, também participa da greve. Já o Instituto Nacional do Câncer (Inca) vai paralisar as atividades por 24 horas, no dia 18, para avaliar a adesão à greve.

Os servidores (médicos, enfermeiros, nutricionistas, agentes administrativos e maqueiros) reivindicam reajuste de 27%, regulamentação da jornada de 30 horas, respeito ao direito de duplo-vínculo e melhores condições de trabalho. O movimento começou em 7 de julho, no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá (zona oeste), e desde então vem ganhando adesões.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), Sebastião José de Souza, a paralisação nessas oito unidades federais causa a suspensão de 30% das cirurgias, do atendimento ambulatorial e dos serviços laboratoriais. As operações de emergência e os tratamentos contínuos, como de câncer, continuam sendo realizados.

No Into, 45 cirurgias eram realizadas por dia, em média, antes do início da greve.

“O assédio moral nas unidades é muito grande. Isso é muito ruim, mas essa é a situação que estamos enfrentando, fora o sucateamento em que está o serviço público na área de saúde. Tem gente que está na fila do Into há cinco ou seis anos para fazer um cirurgia no joelho”, diz Souza. O sindicato rejeitou a proposta do governo federal de reajuste de 21% parcelado em quatro anos. “Com esse aumento não vamos ter dinheiro para nada”, alegou.

Em 2014 também houve uma paralisação de mais de um mês de servidores de hospitais federais do Rio. Na época, os grevistas se posicionaram contra parcerias das unidades públicas com o setor privado.

#ET

Voltar ao topo