O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, garantiu hoje (24) que não pretende mudar sua estratégia de campanha nesses últimos 13 dias antes das eleições. Ele prometeu ?não atacar ninguém? e continuar a mostrar suas ?propostas?. No entanto, após a declaração, criticou o sistema previdenciário brasileiro, que na sua visão ?massacra o aposentado?. Ele defendeu uma fórmula mais justa para o sistema, onde se pague uma aposentadoria equivalente ao que o beneficiário contribuiu ao longo de sua vida.
Garotinho disse que não vê com simpatia a possibilidade de uma nova reunião dos presidenciáveis com Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de se discutir a nova alta do dólar. ?O presidente tem a caneta na mão para tomar as decisões?, comentou.
Garotinho negou ter se encontrado recentemente com integrantes da campanha de Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista à Presidência. ?Conversei com Mangabeira Unger sobre a possibilidade de entrarmos com uma representação contra Nelson Jobim. Mas depois disso, não falei com qualquer integrante da campanha de Ciro?, disse.
Ontem (23), Garotinho fez campanha no Rio Grande do Sul durante o dia, foi entrevistado por Boris Casoy, da Rede Record de Televisão à noite, em São Paulo, e na manhã de hoje (24) fez campanha na cidade de Teixeira de Freitas, no extremo-sul da Bahia. À noite, está prevista a participação do candidato em um comício na Praça Castro Alves, no centro de Salvador.
Num rápido discurso em Teixeira de Freitas, o candidato socialista prometeu recuperar a rodovia BR-101 (que corta a cidade) e promover políticas de incentivo à agricultura local, visando gerar renda para a população. Em seguida, ele fez campanha em Vitória da Conquista e Jequié, no sudoeste baiano. Em Jequié, apresentou uma fórmula simples para derrotar o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, num eventual segundo turno na disputa pelo Planalto: apenas apontar as suas contradições.