Garotinho diz que Ciro fará confisco

Passo Fundo

(AE) – Em visita a Passo Fundo (RS), onde inaugurou, ontem, um comitê de campanha do PSB, o candidato a presidente Anthony Garotinho (PSB) disse que o alongamento do perfil da dívida interna, defendido pelo candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), equivale a um “confisco”. “Isso é fazer o mesmo que Collor (Fernando Collor, ex-presidente) fez”, comparou Garotinho, lembrando que os bancos podem querer liberar os recursos depositados pelos clientes em parcelas, se for alterado o calendário de pagamento dos títulos que adquiriram do governo. A declaração de Ciro Gomes foi dada em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo de Televisão, segunda-feira.

“Ele (Ciro Gomes) precisa ser sincero e dizer que propõe um confisco com apelido de alongamento”, desafiou o candidato do PSB a presidente, que também repetiu as críticas aos candidatos a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PL-PC do B-PCB-PMN), que considera “inexperiente”, e José Serra (PSDB-PMDB), que rotula de “representante do continuísmo”. Garotinho atribuiu a Serra a queda nas pesquisas. O candidato do PSB previu que estará no segundo turno por causa da publicidade eleitoral gratuita na televisão e de muito corpo-a-corpo, que, acredita, mostrarão quem ele é. “No Rio de Janeiro, onde me conhecem, estou na frente de todos os outros concorrentes somados”, comparou. Garotinho justificou os constantes ataques que faz à administração da governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), como “estratégia” para mostrar que não é mais governador.

“Em estado de graça, depois das recentes pesquisas eleitorais que mostram sua ascensão meteórica, Ciro Gomes evitou responder aos ataques feitos pelo candidato do PSB, Anthony Garotinho, que insinuou que ele daria um calote na dívida, se for eleito. “O ataque foi de quantos quilos?”, perguntou rindo. E acrescentou, citando a Bíblia: “Eu viro a outra face. Senhor, perdoai-o, ele não sabe o que está dizendo”. O candidato também fez piada com o fato de o dólar não ter subido quando ele apareceu em segundo lugar nas pesquisas, na frente do candidato do PSDB, senador José Serra. “Quando entrou o fator Ciro o mercado se acalmou”, disse. Ciro justificou porque não comemora, nem lamenta resultados de pesquisas. “Já disputei 13 eleições e sei que pesquisas feitas com tal distância das eleições tem baixa confiabilidade”, afirmou.

Voltar ao topo