Garibaldi assume candidatura à sucessão de Renan à Presidência do Senado

Brasília – O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) assumiu nesta terça-feira (4) a candidatura à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado. Em entrevista à imprensa após a renúncia de Renan do comando da Casa, Garibaldi afirmou que trabalha na candidatura ?há algum tempo? e que agora intensificará a campanha na bancada peemedebista e de outros partidos.

Garibaldi, no entanto, evitou considerar-se o favorito na disputa. "Prometo que na quarta-feira da semana que vem (12) vamos dizer isso", desconversou. O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), convocou para quinta-feira (6) reunião da bancada para analisar os candidatos a suceder Renan e tentar o consenso entre os nomes do partido.

Além de Garibaldi, os senadores peemedebistas Neuto de Conto (SC) e Valter Pereira (MS), manifestaram interesse no cargo. Segundo os líderes dos outros partidos, no entanto, o nome de Garibaldi tem boa articulação política.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), considera que o peemedebista tem bom trânsito com senadores de praticamente todos os partidos e com o governo. Essa também é a opinião do líder do PSB na Casa, Renato Casagrande (RN).

A senadora do bloco governista, Ideli Salvatti (PT-SC), afirmou que o PT vai apoiar o nome que o PMDB indicar para suceder ao ex-presidente do Senado Renan Calheiros. "Esperamos apenas que seja um nome que agregue o mais amplo apoio entre os senadores", afirmou.

Garibaldi Alves Filho admite que tem articulado a candidatura com senadores de outros partidos e acena com uma possível nova composição da Mesa Diretora: "Esta conversa oficial, de bancada, vai se dar a partir de amanhã (5). As bancadas vão se entender no sentido de aceitar aquilo que se chama a proporcionalidade na escolha dos membros da Mesa".

O parlamentar do Rio Grande do Norte também fez questão de ressaltar que não terá problemas de diálogo com o governo federal, se eleito presidente do Senado. "Tenho, pela frente, a preocupação de fazer com que o Senado possa ter um diálogo permanente com o Executivo e com o Judiciário", afirmou.

Garibaldi acrescentou que, na qualidade de presidente do Senado, não poderá tratar sua conduta de forma sectária. O parlamentar destacou que tem que pensar, em primeiro lugar, na "instituição ferida" que precisa se recuperar perante a opinião pública.

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