Funcionários da Gol planejam fazer greve por salários

Os funcionários da Gol planejam uma paralisação para o próximo dia 13, informou hoje o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), em sua página na internet (www.sna.org.br). Segundo a entidade, os trabalhadores pedem melhores salários e planos de saúde, além do fim do excesso de jornada. Eles também se queixam de assédio moral.

“O SNA tenta contato com o setor de recursos humanos da companhia aérea há dois meses, sem sucesso, para discutir essas reivindicações da categoria”, diz a entidade. Procurada, a Gol afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não há nenhum indicativo de que a greve vá se consumar, uma vez que a empresa não recebeu nenhum documento formalizando a manifestação.

Com a greve, os funcionários também querem protestar contra a “lenta fiscalização” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “As multas aplicadas por MTE e Anac são tão baixas que acabam se tornando um incentivo ao desrespeito à legislação trabalhista e à regulamentação profissional”, opinou a presidente da entidade, Selma Balbino, em nota publicada no site do SNA.

Desde sexta-feira, os voos da empresa vêm sofrendo cancelamentos e atrasos além do normal por conta do intenso tráfego aéreo causado pelo fim das férias escolares e pelo excesso de horas trabalhadas pelos tripulantes. Na tarde de hoje, operações da companhia continuam com atrasos. Segundo boletim da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 36,3% das 490 partidas domésticas estavam fora do horário até as 15 horas. Outros 40 voos (8,2%) foram cancelados.

Em todo o País, 257 (18,8%) dos 1.364 voos sofreram atrasos, enquanto 57 (4,2%) foram cancelados. No Aeroporto de Guarulhos (Cumbica), na Grande São Paulo, 23 (19,5%) das 118 operações saíram com atraso de pelo menos meia hora. Apenas três (2,5%) foram canceladas. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, o total de partidas atrasadas foi menor – 19 (13,9%) das 137 atrasaram – mas o número de cancelamentos é superior ao de Guarulhos – 15 voos foram cancelados, o equivalente a 10,9%.

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