Fugitivos ateiam fogo em dois ônibus

Vitória (ES) – Homens armados atearam fogo em dois ônibus em Cariacica, na Grande Vitória, no Espírito Santo. Não houve feridos. Um dos veículos estava parado no ponto final e, segundo o motorista, cinco homens, sendo dois armados, entraram no coletivo, espalharam gasolina e colocaram fogo. O outro ônibus foi incendiado por volta da 1h, em uma ação parecida. Três homens espalharam gasolina no veículo e, inclusive, no motorista, que conseguiu fugir. Até agora, a polícia ainda não tem pistas dos criminosos. Em 2004, dez ônibus foram incendiados na Grande Vitória e o Exército foi chamado para fazer a segurança dos terminais rodoviários.

A polícia trabalha com três hipóteses que possam estar relacionadas com os atentados contra os ônibus. De acordo com o tenente Enoni Erlacher, além da possibilidade de que os ataques tenham sido motivados pelo comando do tráfico de drogas na região ou por uma disputa sindical, uma fuga que aconteceu na Casa de Custódia, em Viana, durante a madrugada, pode ter ligação com os incêndios nos ônibus.

Segundo o tenente, a fuga está sendo investigada, mas ele acredita que os atentados foram programados para acontecer na mesma hora em que os detentos escapavam da prisão. "Coincidentemente houve uma fuga na Casa de Custória, em Viana, e isso (incêndio) pode ter acontecido para desviar a atenção dos presídios. Mas ainda não há identificação dos foragidos", ressalta. A assessoria de imprensa da secretária de Justiça confirmou a fuga dos detentos da Casa de Custódia de Viana e afirmou que a polícia está realizando buscas pela região na tentativa de localizar os foragidos.

Enquanto isso, os moradores preferem não falar. Mesmo na rua onde ocorreu o segundo incêndio, em Porto Belo, os moradores afirmaram desconhecer os fatos e muitos não quiseram falar sobre o assunto, apesar dos restos queimados do ônibus continuarem no local. Os que aceitam falar preferem não ser identificados. Relatam que falta policiamento no bairro e que ficam confinados dentro das casas. O proprietário do bar, em Porto Belo, onde jantavam o cobrador e o motorista do ônibus quando abordados pelos criminosos, também garante não ter visto nenhum movimento suspeito. Ele afirma que quando viu o ônibus, que estava a menos de dois metros do estabelecimento, já estava sendo consumido pelo fogo. 

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