Força e PSTU protestam contra Lula na Bahia

Salvador – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado ontem em Salvador, onde foi inaugurar uma das seis farmácias populares que serão instaladas pelo governo na Bahia. O presidente foi recebido na Base Aérea pelo governador da Bahia, Paulo Souto, e pelo prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy. Na chegada à Santa Casa, o Lula era aguardado por manifestantes da Força Sindical e do PSTU, que protestavam contra as denúncias de corrupção no governo. O grupo vaiava o presidente e gritava que estava impedido de entrar para a cerimônia.

Eles carregavam faixas com referências aos casos da “Operação Vampiro”, que investiga denúncias de fraude na compra de medicamentos, as notas frias da ONG Ágora, de um amigo do presidente, para justificar o destino dos recursos do governo e o caso do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz. Os manifestantes foram cercados por uma grade e foi colocado um ônibus em frente ao grupo, para impedí-los de acompanhar a cerimônia à distância. Do lado de dentro da Santa Casa, apenas simpatizantes do governo saudavam o presidente e o candidato do PT à Prefeitura de Salvador, deputado Nelson Pellegrino.

Ao inaugurar a primeira Farmácia Popular do Brasil, Lula disse que o critério utilizado para escolher as prefeituras que foram parceiras na instalação das primeiras farmácias não foi partidário. Lula citou o caso das duas prefeituras do PFL (Salvador e Rio de Janeiro) e São Paulo e Goiânia (governadas pelo PT), onde estão sendo inauguradas as primeiras Farmácias Populares, para afirmar que o critério foi a necessidade do povo. “São duas do PT e duas do PFL. Para nós, do governo federal, o importante são as necessidades do povo, e não o partido daquele que governa este ou aquele estado. O mais importante é fazer quando o governador e o prefeito demonstram interesse em fazer. O critério foi muito simples: os prefeitos que se comprometeram a participar do Farmácia Popular”, discursou.

Lula disse que a Bahia, governada pelo PFL, tem sido muito bem tratada pelo governo federal, sendo o Estado que mais tem famílias cadastradas no programa Bolsa-Família. Sobre a Farmácia Popular, que vai oferecer remédios até 80% mais baratos, Lula disse que ela vai permitir que os remédios deixem de ser luxo.

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