Fiscais agropecuários suspendem greve para nova rodada de negociações

Brasília – A Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) suspendeu, a partir desta sexta-feira (3) e até o dia 16 de agosto, a greve geral da categoria, em busca de um acordo salarial com o governo. A retomada das negociações ocorrerá na quarta-feira (8), com o retorno do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que está no México.

Os fiscais federais reivindicam um aumento de 45% sobre o salário base, que seria pago em três parcelas de 15% cada, a primeira ainda em 2007, a segunda em fevereiro de 2008, e a terceira em fevereiro de 2009.

Na última rodada de negociações entre a Anffa e o ministério, foi oferecido um reajuste geral de 16%. Os fiscais não aceitaram.

A paralisação dos fiscais federais deu-se em duas etapas, e nessas ocasiões foi mantido o mínimo de 30% da categoria em atividade para atender serviços essenciais, segundo a associação. Na primeira etapa, a greve aconteceu entre 28 de junho e 17 de julho para nova negociação. Como a proposta do governo não foi a que os fiscais esperavam, eles entraram novamente em greve, no dia 24 de julho, novamente suspensa temporariamente na noite de ontem. Se até o dia 16 de agosto não for fechado nenhum acordo, no dia seguinte a greve será retomada, anunciou o diretor de Assuntos Técnicos da Anffa, Pedro Augusto Borges.

Segundo o diretor, o objetivo principal dos fiscais federais agropecuários "é ter um aumento que coloque a categoria numa posição de isonomia salarial com fiscais de outras áreas", como os do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), da Polícia Federal, do Banco Central, entre outros.

O trabalho dos fiscais federais agropecuários é essencial para o governo em vários segmentos, como as exportações de carnes, principalmente de frangos, além da inspeção de produtos nas fábricas e nos portos e aeroportos.

Pedro Augusto Borges garantiu que, em nenhum momento das duas paralisações dos fiscais federais agropecuários, setores essenciais foram prejudicados nem a inspeção atrapalhou a vida dos passageiros nos aeroportos. Lembrou que os mais de 3.500 fiscais "também arrecadam para o governo".

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