FHC pede fim da violência pelo MST

Ribeirão Preto – O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB), afirmou ontem ser necessário que a sociedade brasileira “ponha um paradeiro, não no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), mas nas formas violentas que estão sendo utilizadas pelo movimento”. Segundo ele, no momento, o MST é contraproducente, porque impede ações do governo. “Não sei se (o governo) está perdendo o controle, porque acho que vai reagir. A lei é a lei. O governador de São Paulo (Geraldo Alckmin) disse uma coisa certa. Tem de respeitar a lei”, disse o ex-presidente.

Questionado sobre a instabilidade causada pelo movimento no Brasil, após as declarações feitas por um dos seus líderes, João Pedro Stédile, nesta semana, FHC citou seu governo e disse que o MST já trouxe instabilidade. “Essa ação é muito deletéria, já vêm de longe. Por tantas vezes eu tive que me haver com movimentos que não têm sentido”, afirmou. “Fatos como esses do MST não são agenda nova. São agenda velha e deteriorada”, completou.

Sobre a queda-de-braço entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o Judiciário em relação à reforma previdenciária, o ex-presidente afirmou que uma possível greve dos juízes, marcada para agosto, “choca”. “Essa queda-de-braço é sempre negativa num processo democrático. Espero que esses magistrados não cheguem a esse ponto”, explicou. FHC defendeu a Reforma da Previdência e pediu um ponto de equilíbrio entre o governo e os juízes. “Não se pode confundir privilégios com direitos. Mas também não se pode simplesmente acabar com os privilégios, acabar com o que é necessário para que as cadeias possam funcionar. Tem que encontrar um ponto de equilíbrio”, disse o ex-presidente.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também voltou a criticar as declarações do principal líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile. Ele considerou um despropósito e classificou como descabido o “apelo” de Stédile para que os sem-terra e pequenos agricultores do País travem uma guerra pelo direito à terra. Para Alckmin, a resposta do governo às delcarações de Stédile foram oportunas.

Voltar ao topo