Fernando Morais será candidato em São Paulo

São Paulo

(Das agências) – A executiva estadual do PMDB paulista lançará nesta sexta-feira o nome do jornalista e escritor Fernando Morais ao governo de São Paulo e do ex-governador Orestes Quércia ao Senado. No último dia 16, o partido havia oficializado, em convenção regional, o nome de Ayrton Sandoval para a disputa, mas ele renunciou à candidatura. O estatuto do partido permite alterações na chapa até o próximo domingo (30). O nome do vice de Morais ainda não foi divulgado. Sandoval iria para a disputa apenas a fim de incrementar a aparição de Quércia na televisão e no rádio. Morais diz que sua candidatura ao governo é para “disputar e ganhar as eleições”. Ele nega que servirá somente como suporte de Quércia. “Temos o segundo maior tempo na TV, mais do que o Maluf e o PT. A televisão não resolve tudo, mas é um instrumento que pode mudar as coisas”, diz. O jornalista foi sondado, há algumas semanas, para ser vice do candidato do PT ao governo paulista, José Genoíno, numa eventual chapa entre os dois partidos. No entanto, o PMDB nacional fechou aliança com o PSDB de José Serra e, com a verticalização imposta pela Justiça Eleitoral, inviabilizou a aproximação.

Coligação

Em seguida, o PMDB e o PT discutiram uma “coligação branca”. O PMDB, informalmente, apoiaria Genoíno para o governo e, em troca, receberia respaldo para a disputa de Quércia pelo Senado. De acordo com Morais, o acordo não foi adiante e o PMDB resolveu adotar uma candidatura competitiva. Ao optar pelo Senado, entretanto, Quércia deixou claro que considera difícil o PMDB chegar ao comando do Estado. O peemedebista é o nome mais popular do partido em São Paulo. Nas pesquisas sobre a corrida ao Senado, ele aparece em segundo lugar. Escritor, jornalista, biógrafo e político, Fernando Morais, colunista do iG, foi deputado durante oito anos pelo MBD, de 78 a 82 e de 82 a 86, Secretário da Cultura, de 1988 a 1990, e Secretário da Educação, de 1990 a 1993. Em 1998, ocupou a vaga de vice de Quércia na disputa pelo governo paulista.

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