Falta de gás pode inviabilizar projeto da Petrobras

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admitiu nesta segunda-feira (9) que a escassez de gás natural pode inviabilizar a construção de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados em estudo pela companhia. A unidade foi contemplada com recursos no planejamento estratégico da estatal do ano passado e está em fase de projeto.

Costa disse que um dos problemas a ser equacionado é o suprimento de gás natural. "Não tem alternativa: ou é gás natural, ou não tem fábrica", afirmou, em entrevista após proferir palestra em almoço da Câmara de Comércio Americana.

O projeto prevê uma capacidade produtora de 1 milhão de toneladas por ano. A localização será definida entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Recentemente, o governo do Estado do Rio anunciou que pretende convencer a empresa a trazer a fábrica para o norte fluminense.

Na palestra, o executivo apresentou detalhes do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), com investimentos de US$ 8,4 bilhões em Itaboraí, região metropolitana do Rio. Segundo ele, a Petrobras já apresentou um modelo de composição acionária às empresas que atuam na petroquímica da região Sudeste, mas aguarda resposta.

O objetivo da estatal é usar o megaprojeto para consolidar os ativos petroquímicos da região, abrindo espaço para grupos como Suzano e Unipar – o grupo Ultra já anunciou sua participação no Comperj. Ele não quis dar um prazo para a conclusão das negociações, limitando-se a dizer que o empreendimento continua sendo tocado pela Petrobras enquanto a questão não é definida.

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