EUA vão pedir extradição de traficante preso em São Paulo

O governo dos Estados Unidos vai formalizar o pedido de extradição para aquele país do traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, detido ontem em São Paulo. Segundo o adido de imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil, Richard Mei, a medida será tomada pela Agência Antidrogas Americana (DEA, na sigla em inglês), com base no tratado de extradição entre os dois países, em vigor desde 1965.

No dia 31 de julho, a DEA protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão do traficante para fins de extradição. O ministro do STF Eros Grau recebeu o pedido no dia 2 e abriu o processo, mas não chegou a emitir a ordem de prisão, ainda em análise. Assim, a prisão de Abadía pela Polícia Federal baseou-se em outros crimes cometidos pelo traficante no Brasil, como lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A transferência de Abadía para os EUA, porém, não deverá ser simples. Uma jurisprudência do STF impede que o Brasil extradite criminoso para qualquer país no qual ele esteja sujeito à pena de morte ou prisão perpétua em razão do crime cometido, como é o caso dos EUA. Pelas leis brasileiras, Abadía teria de ser julgado no Brasil e cumprir pena no País antes de ser extraditado para os EUA.

Além de narcotráfico, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Abadía é processado nos EUA por pelo menos 15 assassinatos e, se for julgado lá, teria condenação quase certa à cadeira elétrica. Também conhecido como ?chupeta? (pirulito, em espanhol), ele teve prisão decretada nos EUA em 2004, por tráfico de drogas e crime organizado e está na lista dos criminosos procurados pela DEA.

Voltar ao topo