Estados terão que oferecer educação superior para professores indígenas

Até dia 10 de janeiro de 2003, todas as secretarias estaduais de Educação, junto com universidades dos seus estados, precisam formular a oferta de educação superior específica para professores indígenas. A informação é do coordenador da Educação Indígena da Secretaria de Educação Fundamental, Jean Paraízo Alves.
Ele coordenou hoje a reunião da Comissão Nacional de Professores Indígenas do Ministério da Educação, que discutiu o assunto.

No encontro, foi feita uma radiografia de como está a educação indígena nos estados e municípios. As ações do Ministério da Educação, como a implementação dos referenciais indígenas de formação de professores para nível médio e superior, e a criação em cada secretaria de Educação de um setor específico de educação indígena também foram discutidos.
?O Plano Nacional de Educação estipulou 21 metas para a educação indígena. Analisamos como está sendo o cumprimento dessas metas?, disse o coordenador.

Segundo o professor Fausto da Silva Mandulão, da etnia Mapuxi, de Roraima, é importante que os professores indígenas tenham uma educação superior específica e de qualidade. Até agora apenas a Universidade Federal de Mato Grosso ofereceu esse curso. Em Roraima, as discussões nesse sentido estão adiantadas.

No Espírito Santo, segundo a professora Alzenira Felipe Marques, a empresa Aracruz Celulose deve fazer uma parceria com a Universidade Federal para oferecer o curso superior aos indígenas. Até quarta-feira (11), a Comissão Nacional de Professores Indígenas continuará reunida, na Sala de Atos do 9º andar do edifício sede do MEC. O encontro, o segundo deste ano, objetiva subsidiar a adoção de normas e procedimentos relacionados à Educação Escolar Indígena no país. Composta de 13 titulares, a comissão conta com representantes das cinco regiões brasileiras e foi instituída em agosto do ano passado.

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