Erundina articula frente anti-PT

São Paulo – A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), pré-candidata a prefeito de São Paulo, tenta articular um acordo com partidos de centro-esquerda em torno do nome dela para fazer frente à prefeita Marta Suplicy (PT) nas eleições de outubro. Erundina, ex-prefeita da capital paulista pelo PT, tem em mente uma aliança ainda no primeiro turno com PDT e PPS. No segundo, independentemente do candidato que chegue lá, ela espera estar ao lado dos tucanos.

No momento, PDT e PPS têm pré-candidaturas próprias, com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e o deputado estadual Arnaldo Jardim, respectivamente. “Gostaria de ter o PDT e o PPS já no primeiro turno”, afirma Erundina. “Minha candidatura tem propósito de aliança não só com partidos, mas com a sociedade organizada”, ressaltou.

No PSDB, a candidatura ainda está indefinida. O ex-senador e presidente nacional da legenda, José Serra, é o nome que aparece com melhores condições de vencer a sucessão nas pesquisas de opinião. Mas Serra não está disposto a enfrentar a eleição. O PFL, aliado dos tucanos no governo Geraldo Alckmin (PSDB), mandou um recado: se o ex-senador do PSDB de São Paulo for o candidato, o apoio à sigla é certo. Caso contrário, o PFL deve lançar candidatura própria.

Enquanto isso, de olho na reeleição da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), o PMDB formalizou ontem o apoio à atual administração petista. O acordo foi a maneira encontrada pelos peemedebistas de garantir espaço num eventual segundo mandato de Marta na capital paulista. As negociações para uma aliança na campanha estão em fase adiantada e giram em torno da definição do nome do candidato a vice-prefeito na chapa da prefeita e em que áreas o PMDB atuará a partir de 2005, em caso de vitória em outubro.

O PMDB pediu o posto de vice, mas esbarrou nos dirigentes petistas. Eles não abrem mão do cargo, uma vez que há a possibilidade de Marta se candidatar ao governo do Estado em 2006, se reeleita em outubro.

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