Encontros bilaterais marcam dia de Amorim na ONU

Nova York – No quarto dia de reuniões na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, os compromissos do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, incluíram vários encontros bilaterais. É a oportunidade de estreitar relações com outros países e abrir caminho para novas parcerias.

O chanceler brasileiro esteve com o Alto Representante Europeu para a Política Externa e Segurança, Javier Solana. Com o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, conversou sobre a situação no Oriente Médio. E ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Maxime Bernier, Celso Amorim relatou a viagem que fez ao Haiti na semana passada.

Mas o principal assunto das conversas do dia foi a reforma no Conselho de Segurança da ONU. Junto com a Alemanha, Japão e a Índia, o Brasil faz parte do G4, grupo que defende mudanças e tem recebido apoio de diversos países, como a França e a Letônia. Amorim prevê avanços daqui para frente.

?Nós não podemos viver hoje com a mesma estrutura que foi criada depois da segunda guerra mundial. Aquilo refletia uma estrutura de poder da época. Hoje em dia, outros países têm grande influência nas relações internacionais. Eu não falo nem do Brasil. Como é que você pode ignorar a Índia, um país com mais de um bilhão de habitantes. Como é que você pode ignorar a presença da África. E o Brasil também tem com o que contribuir com a sua capacidade de lidar com problemas de maneira criativa, de encontrar soluções pacíficas para as questões?, argumentou Amorim.

?Certos fatos foram notáveis, a própria referência do presidente Bush [George Bush, presidente dos Estados Unidos], que pela primeira vez não foi apenas ao Japão, ele disse que o Conselho de Segurança precisa ser reformado e que apóia o Japão, mas que outros países também devem ser considerados. Então eu acho que há um movimento que demonstra uma abertura, longe ainda de uma decisão, possivelmente?, ponderou o chanceler brasileiro.

Celso Amorim encerra a visita aos Estados Unidos nesta sexta-feira (28). De Nova York, segue para El Salvador, onde se encontra com o presidente Elías Antonio Saca. Na pauta, cooperação na área de energia e biocombustíveis.

Antes de voltar ao Brasil, o chanceler se reúne, na Venezuela, com o presidente Hugo Cháves.

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