Diretor acusado de receber ‘por fora’ deixa estatal do Rio Grande do Sul

O presidente da Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs), Ronei Ferrigolo, pediu exoneração de seu cargo na terça-feira (7). Ele é investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por ter recebido “por fora” suposta complementação salarial mensal de R$ 15 mil da Federação das Associações Comerciais e de Serviços (Federasul) ao mesmo tempo em que exercia a função pública, de setembro do ano passado a agosto deste ano.

 

Nas explicações que deram depois que o caso se tornou público, no mês passado, a Federasul e Ferrigolo sustentaram que não havia irregularidade nem mistura de interesses entre a função que ele exercia na estatal e os serviços que sua empresa de consultoria prestava à entidade empresarial. Negaram, ainda, que o contrato com a federação representasse complemento salarial.

 

Ao deixar a Procergs, Ferrigolo atribuiu as acusações que sofreu a denúncias anônimas de pessoas contrárias às mudanças que estava implementando na empresa. E explicou que optou por sair porque entendeu que a resistência à sua gestão não seria vencida pela transparência ou pelos resultados e poderia causar indesejáveis prejuízos à imagem institucional da companhia.