Deputados afirmam que FAB pretende expulsar 50 controladores

A Aeronáutica quer expulsar cerca de 50 sargentos que são controladores de vôo e lideram movimento da categoria por melhores salários e condições de trabalho. A informação é de deputados da CPI do Apagão Aéreo que estiveram nesta quarta-feira (20) reunidos com oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) e com controladores de vôo no Centro de Controle e Defesa do Espaço Aéreo (Cindacta-1), em Brasília. Os deputados ficaram apreensivos diante do clima de animosidade entre controladores e oficiais da Aeronáutica.

"Um dos oficiais nos disse que a única solução é expulsar 50 controladores", afirmou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que passou o dia no Cindacta-1. Esse controladores participaram do motim no dia 30 de março, quando foram paralisados todos os vôos no Brasil, e são alvo de Inquérito Policial Militar (IPM). Os IPMs abertos foram prorrogados por mais 20 dias. Inicialmente, a expectativa era de que seis controladores seriam punidos com a expulsão da FAB e prisão pela paralisação das atividades no fim de março. Um deles é Wellington Rodrigues, presidente do Sindicato dos Controladores de Vôo.

Nas oito horas em que estiveram no Cindacta-1, os integrantes da CPI chegaram à conclusão de que o clima entre os oficiais e os controladores de vôo está insustentável. "Há uma crise de confiança entre controladores, técnicos e oficiais", disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). Ele propôs que a CPI do Apagão Aéreo tente intermediar um diálogo entre os controladores e o Ministério da Defesa. "Não há diálogo entre os controladores e os oficiais. Os controladores também não têm interlocução com o governo", afirmou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

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