A deputada Luciana Genro (PSOL-RS), disse que vai entrar com uma representação no Ministério Público Militar, contra o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, por considerar ilegais as prisões ordenadas por ele, dos líderes do movimento dos controladores de vôo. Luciana Genro disse que vai solicitar à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, que exija do Comando da Aeronáutica a comprovação de que os controladores da defesa aérea, que estão trabalhando no monitoramento de vôos civis, fizeram um estágio de 120 horas, exigidos pela legislação, para executarem esse serviço.
Para a deputada é fácil dar respostas à população com o anuncio de medidas de urgência, sem observar, no entanto, a margem de segurança. Ela considera que os controladores da defesa aérea que estão monitorando os vôos civis, não estão habilitados para isso. Para Luciana Genro "é muito importante que fique claro o risco que o Comando da Aeronáutica está assumindo, ao colocar pessoas não habilitadas nessas funções. A deputada participou há pouco do encontro dos Controladores de Vôo, no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O encontro seria sul-americano, mas acabou sendo nacional, porque os controladores argentinos não puderam comparecer.
Luciana Genro insistiu que militarismo não combina com o controle do tráfego aéreo e que este é um momento de reação dos controladores. "Não podemos admitir que eles (governo) esmaguem vocês; que eles enfraqueçam vocês. Porque eles sabem da força de vocês e sabem que se vocês se revoltarem de novo, o que eles vão fazer? Eles não têm alternativa", afirmou. A deputada deixou há pouco o encontro, acompanhada de algumas mulheres de controladores, para tentar uma audiência com o comandante da Aeronáutica, para tentar a abertura de diálogo.