Turistas e moradores da Ilha Grande, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, ficaram às escuras na noite de ontem quando três dos quatro cabos submarinos de energia que abastecem o local foram danificados. Segundo o prefeito de Angra, Fernando Jordão, a principal suspeita é de que os cabos foram atingidos na passagem de uma plataforma tracionada por rebocadores no mar, entre a ilha e o continente. Até o início da noite desta quinta-feira (9), toda a ilha permanecia sem energia.
Segundo a Ampla, concessionária local de energia, dez geradores foram levados para a Ilha Grande e o fornecimento de luz seria restabelecido provisoriamente em todos os imóveis até amanhã. A prefeitura de Angra estima que 1.200 turistas estão no local, que tem cerca de 8 mil moradores. Além dos donos de hotéis e pousadas, o apagão provocou queixas de comerciantes e donos de restaurantes por causa da perda de mercadorias perecíveis.
O blecaute aconteceu quando a plataforma Olinda Star, da construtora Queiroz Galvão, passou pela área cortada pelos cabos. No entanto, a empresa negou que os cabos tenham sido danificados por sua plataforma semi-submersível, utilizada na perfuração de poços de petróleo, ou pelos rebocadores que a puxavam. Em nota, a construtora afirmou apenas que "não encontrou indícios de que o incidente ocorrido com os cabos submarinos tenha sido causado por equipamento da empresa".