Crime e Câmara deixam Lula cansado e abatido

Paramaribo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou ontem cansaço e abatimento com dois fatos que, na avaliação de integrantes da comitiva na viagem de quatro dias à Venezuela, Guiana e Suriname, expuseram as "fragilidades" do governo: a derrota da administração federal na eleição para presidente da Câmara e o assassinato da freira Dorothy Stang, no Pará. Oficialmente, Lula antecipou em cinco horas o retorno a Brasília para acompanhar, da capital federal, as ações de repressão à violência no Estado.

Mas ele falará também com os ministros mais próximos, como José Dirceu (Casa Civil) e Aldo Rebelo (Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República), da derrota do PT na Casa. À exceção do ministro da Educação, Tarso Genro, que abordou política e a derrota do Poder Executivo na Câmara, outros auxiliares de Lula fugiram do assunto. O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, foi irônico: "O presidente chegou a rolar no chão de tanta tristeza."

Desde domingo, quando iniciou a viagem aos três países da América do Sul, o presidente conversou diversas vezes, por telefone, com o presidente em exercício e ministro da Defesa, José Alencar, Dirceu e Rebelo e ainda com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

"Ele (Lula) está muito triste e chateado com a situação no Pará" relatou o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, que o acompanhou na viagem.

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