Costa diz que tele nacional impedirá concentração no mercado

A empresa nacional de telecomunicações, que poderá ser criada com a fusão da Oi (antiga Telemar) com a Brasil Telecom, seguiria os moldes da Embraer, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa. O governo teria uma ação especial com direito a veto e voto (golden share) o que daria a ele poderes para tomar decisões estratégicas nessa companhia. "Seria uma golden share ou um instrumento qualquer que estabeleça que aquela empresa não pode ser vendida sem passar primeiro pelo crivo do governo", disse Costa.

A idéia é evitar que a companhia, que deterá a maior parte dos clientes da telefonia fixa, venha a ser comprada por um grupo estrangeiro, criando uma concentração no mercado brasileiro de telecomunicações. "Não podemos criar uma grande empresa nacional que vai ser a cobiça dos investidores estrangeiros, e depois vendê-la", afirmou.

Costa não descartou a participação de investidores estrangeiros nesta nova empresa, mas disse que pelo menos 51% do capital devem ser de brasileiros. Segundo o ministro, será considerada inclusive a proposta feita pela Portugal Telecom, "que veio aqui dizer para nós que via com bons olhos a criação da empresa nacional e que eles gostariam de participar".

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