Coronel diz na CPI que pista maior poderia ter salvado Airbus da TAM

O coronel aviador Antônio Junqueira calculou que, nas mesmas condições de pouso e com as mesmas dificuldades, o piloto do Airbus A320 da TAM, que se acidentou em Congonhas, conseguiria parar no limite de uma pista de 3.218 metros. Ou seja, poderia frear na pista maior do aeroporto de Guarulhos, que tem 3.700 metros, ou na pista de Viracopos, em Campinas, com 3.240 metros. O coronel foi contratado pela CPI do Apagão Aéreo da Câmara para analisar os dados da caixa-preta do avião da TAM que se acidentou no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, matando 199 pessoas no dia 17 de julho.

Junqueira disse não poder garantir que o acidente não teria ocorrido se o pouso tivesse ocorrido em um desses dois aeroportos, pois o avião saiu do eixo e pendia para a esquerda ao ultrapassar a pista e explodir. Pelos cálculos do coronel, quando chegou no limite da pista principal de Congonhas, que tem 1.940 metros, o avião precisaria de mais 1.278 metros para conseguir parar. O A320 atravessou a avenida Washington Luís e explodiu ao bater no prédio da TAM Express.

Ao fim de seis horas de explicações, Junqueira deixou nos deputados a sensação de que a principal causa do acidente em Congonhas foi falha dos comandantes. O coronel citou uma série de fatalidades que, reunidas, levaram à tragédia, segundo sua análise. Apesar das convicções do técnico, o relator da CPI, Marco Maia (PT-RS), disse que não perdeu a convicção de que houve falha mecânica no Airbus e que tenha sido decisiva para o acidente.

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