Com Lei Seca, acidentes nas vias federais crescem 12%

O número de acidentes nas rodovias federais nos primeiros três meses de vigência da Lei Seca, que proibiu a comercialização de bebidas alcoólicas em estabelecimentos ao longo das estradas, cresceu cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A Medida Provisória foi aprovada na semana passada pelo Congresso e espera-se a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir daí, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) pretende ampliar as fiscalizações nas rodovias e as blitze com bafômetros.

De 1º de fevereiro, quando a MP entrou em vigor, até sexta-feira (30), ocorreram 32.387 acidentes, com 1.497 mortos e 18.557 feridos. Em 2007, a PRF registrou, no mesmo período, 28.898 acidentes, com 1.531 mortes e 17.556 feridos.

Segundo o inspetor José Roberto Soares, coordenador de Controle Operacional da PRF, o crescimento no número de acidentes não indica uma possível ineficácia da medida. Ele está relacionado com o aumento da frota no País – de aproximadamente 13% em 2008. Soares ainda destacou a redução no número de mortes, o que, segundo ele, aponta para uma diminuição na gravidade dos acidentes. ?A bebida alcoólica influencia muito naqueles acidentes com gravidade maior, com maior número de óbitos. E no número de mortos houve uma redução?, afirmou.

Autuações – O número de autuações por embriaguez cresceu 40% nas estradas federais nos primeiros meses do ano, em relação a 2007. Considerando o período de 1º de janeiro até a meia-noite do dia 25, a PRF fez 4.199 autuações de motoristas bêbados. Questionado se os números mostram que a proibição do álcool ao longo das estradas não teria sido suficiente para impedir que os motoristas dirigissem alcoolizados, o inspetor afirmou que o aumento nas autuações não pode ser avaliado dessa forma, pois é decorrente do aumento da fiscalização.

Voltar ao topo