CNJ quer expulsar magistrados que cometerem deslizes

Na posse dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o novo corregedor nacional de Justiça, Cesar Asfor Rocha, garantiu hoje que serão extirpados do Judiciário os magistrados que envergonham o Poder. Segundo ele, serão mostrados e punidos os responsáveis por irregularidades na Justiça. "Daremos ao CNJ verdadeira translucidez e jamais hesitaremos em mostrar e explicar os deslizes internos do Poder Judiciário, nunca animados por nenhum outro motivo ou razão que não seja prevenir esses deslizes e extirpar do meio Judiciário os que não o honram não o servem, não o engrandecem, mas o envergonham, o desmerecem e o desprestigiam", disse Rocha, que é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Como corregedor, caberá a Rocha analisar as sindicâncias e processos administrativos eventualmente movidos contra magistrados suspeitos de envolvimento em irregularidades e até crimes. "Sabemos que todos esperam do CNJ uma atuação elevada e nobre, não contra os magistrados, que esses merecerão todos os apoios e aplausos, mas contra os que, travestidos de julgadores, encontram no campo da atividade judicial o espaço para desenvolver ilicitude e cometer infrações", afirmou.

O corregedor disse que pretende acompanhar o levantamento de todos os processos disciplinares e criminais existente no País contra juízes. Segundo ele, esses processos têm de ter um andamento imediato e urgente. Rocha deve assumir, entre outras investigações, a sindicância aberta no CNJ para apurar a suposta participação de magistrados num esquema de venda de decisões judiciais. Entre os investigados está o ministro do STJ Paulo Medina.

Rocha afirmou que, passados dois anos da instalação do CNJ, agora o órgão de controle externo do Judiciário deve assumir uma posição mais propositiva, realizando um censo nacional para detectar as necessidades mais urgentes do Poder.

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