Ciro cobra agilidade no caso Sudam

Belém

– O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, cobrou ontem, durante visita a Belém, agilidade na apuração das fraudes envolvendo desvio de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), hoje Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA). “É uma situação insustentável conviver com 540 projetos suspensos, alguns deles sérios, outros com irregularidades secundárias formais e aqueles com fraude e corrupção”, definiu Ciro.

Cobrado por governadores e empresários sobre liberação de recursos para projetos cuja tramitação dentro da Sudam não apresentaram irregularidades, o ministro prometeu que dentro de sessenta dias irá “encontrar uma fórmula de resolver o problema.” Ciro reconheceu que a suspensão dos recursos, que seriam destinados aos projetos sérios trouxe muitos prejuízos à economia da região.

Durante reunião na sede da ADA com dirigentes da Receita Federal, Corregedoria e Advocacia Geral da União, procuradores federais e delegados da Polícia Federal e de outros órgãos encarregados do processo de liquidação da ex-Sudam, o ministro deixou clara sua intenção de mudar a estrutura do órgão. “Precisamos tornar mais ágil e transparente o seu funcionamento.” “O processo de instalação da ADA foi, nos últimos cinco meses, bem mais rápido que o de sua congênere nordestina, a Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene). Por conta disso, a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) acabou ganhando tempo para ser reativada, o que dificilmente deverá acontecer com a Sudam.”

Ciro prometeu que as fraudes serão atacadas na raiz, e extintas. “A fraude, basicamente, é filha de instituições erradas e de pessoas desonestas. Nós podemos e devemos consertar as instituições, para que elas possam prevenir. É preciso que com a experiência doída e sofrida do passado a gente aperfeiçoe os mecanismos de incentivo ao investimento produtivo na Amazônia”, resumiu o ministro.

Depois da reunião na ADA, Ciro foi para a sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), onde ouviu queixas e reivindicações de mais de duzentos representantes e presidentes das entidades que congregam os empresários e os trabalhadores na indústria e na agropecuária do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Ele prometeu divulgar em sessenta dias o resultado dos encontros que manteve com os empresários, que pediram a imediata ativação da ADA.

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