Bolsa Família diminui desigualdade de renda, revela Pnud

O Bolsa Família tem conseguido diminuir a desigualdade de renda. É o que constatou estudo realizado pelo Centro Internacional de Pobreza, instituição de pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento compara o Bolsa Família aos programas de transferência de renda do México (Oportunidades) e do Chile (Chile Solidário).

De acordo com os autores do estudo intitulado "Avaliando o impacto do Bolsa Família: uma comparação com programas de transferência condicionada de renda de outros países", os três programas apresentam "um excelente desempenho" na seleção dos beneficiários, pois, em geral, atingem de fato os pobres.

O estudo revelou que o Bolsa Família ajudou a diminuir em 21% o Índice de Gini (que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita) brasileiro entre 1995 e 2004. Segundo os autores da pesquisa, esse resultado é considerado "simplesmente impressionante", pois a transferência de recursos representa "apenas 0,5% da renda agregada das famílias". O mesmo porcentual foi verificado no programa de transferência de renda do México, entre 1996 e 2004. No Chile, o resultado da redução da desigualdade também foi o mesmo, mas outros fatores fizeram com que a concentração de renda daquele país variasse pouco entre 1996 e 2003.

Apesar deste bom resultado, os autores afirmaram que os três programas não têm grande impacto na redução da proporção de pobres. Segundo eles, todos deixam os pobres menos pobres, pois a quantia transferida aos domicílios é pequena.

Voltar ao topo